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quinta-feira, 15 de março de 2012

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Aquecimento global causou extinção dos mamutes, diz estudo

Redução da área de pastagem provocada por mudanças climáticas seria a real causa do desaparecimento dos mamutes há 4 mil anos

BBC Brasil | 18/08/2010 09:5







Foto: Getty Images Apiliar
Modelo de mamute, animal extinto na Era do Gelo
Um estudo da britânica Universidade de Durham afirma que os mamutes foram extintos por causa da redução nas áreas de pasto causada por mudanças climáticas, e não em consequência da caça por parte de seres humanos.
De acordo com a pesquisa, a elevação da temperatura do planeta com o fim da época mais fria da chamada Era do Gelo – cerca de 21 mil anos atrás – viu um declínio nas áreas de pradarias nas quais esses animais se alimentavam.
Há cerca de 14 mil anos, os Mammuthus primigenius, ou mamutes-lanosos, que um dia fizeram parte da paisagem europeia, se resumiam ao norte da Sibéria, onde acabaram morrendo 4 mil anos atrás.
As razões dessa extinção são incertas e viraram alvo de um intenso debate entre os cientistas.
Enquanto uns argumentam que o processo está ligado ao aquecimento global, outros defendem que foram as pressões em decorrência de uma população humana crescente.
Uma terceira teoria atribui o fim dos mamutes à colisão de um meteoro.
"O que os nossos resultados sugerem é que a mudança climática – através do efeito que teve sobre a vegetação – foi o fator-chave que causou a redução da população e a extinção dos mamutes e de outros herbívoros de grande porte", afirmou o professor Brian Huntley, que coordenou o estudo.
Grama x florestas
A pesquisa recriou, através de computador, modelos que simularam a vegetação na Europa, Ásia e América do Norte nos últimos 42 mil anos.
Os cientistas levaram em conta o que se acredita ter sido o comportamento do clima durante esse período e modelos de como determinados tipos de vegetação crescem em diferentes condições.
As baixas temperaturas e as condições especialmente secas da Era do Gelo, combinadas com as baixas condições de emissão de dióxido de carbono, não favoreciam o crescimento de árvores, eles concluíram.
Isso fez com que, em vez de florestas, a paisagem daquela época fosse marcada por vastas áreas de pradarias, ideais para herbívoros de grande porte, como os mamutes.
Com o passar dos anos o clima se tornou mais quente e úmido. No fim da era glacial, a concentração de dióxido de carbono era mais elevada. Como resultado, as árvores tomaram áreas que antes eram de pradarias.
"No ápice da Era do Gelo, os mamutes e outros herbívoros contavam com mais alimentos", disse o pesquisador. "Mas à medida que caminhamos para uma etapa pós- glacial, as árvores gradualmente substituíram os ecossistemas herbáceos e isto reduziu muito a área de pastagem."

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